Investigadores em alerta sobre as possíveis contradições de Lula na ação penal da Operação Zelotes

fev 19, 2020 by Welesson Oliveira in Política

Investigadores em alerta sobre as possíveis contradições de Lula na ação penal da Operação Zelotes.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), volta a ser interrogado nesta quarta-feira (19), pela Justiça Federal do Distrito Federal (DF), a partir das 14h30, no âmbito da Operação Zelotes da Polícia Federal (PF).

O interrogatório estava marcado para o dia 11 de fevereiro, mas foi cancelada por um pedido da defesa do petista, para ele ir ao Vaticano se encontrar com o Papa Francisco, na Itália. Lula será interrogado sobre o cado da Medida Provisória (MP) 471. O processo apura a venda da MP que foi aprovada supostamente em troca de incentivos fiscais para montadoras na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Em setembro o petista virou réu na ação.

O depoimento dos réus deve dar início à reta final a ação penal da operação, antes da sentença final da Justiça Federal do Distrito Federal (DF). Caso as defesas e o Ministério Público Federal (MPF), não solicitem novas provas. Os investigadores estão de olho nas possíveis contradições do ex-presidente Lula durante depoimentos.

Segundo a Procuradoria, Lula e Gilberto Carvalho, ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, nos governos petistas, aceitaram promessas de vantagens indevidas de R$ 6 milhões para favorecer as montadoras MMC (atual HPE) e Caoa, na edição da MP 471 de novembro de 2009, em troca de dinheiro serviria para arrecadação ilegal da campanha eleitoral do PT.

Durante depoimento na semana passada, Gilberto Carvalho negou as irregularidades e afirmou que participava das decisões tomadas para as ações do governo, como as voltadas para o setor automotivo.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi ouvida no ano passado como testemunha e também negou as irregularidades na tramitação da MP na Casa Civil, pasta que ela comandava na época.

“Nunca tive nenhum conhecimento disso [propina]” disse Dilma.

Já Antônio Palocci disse que parte da propina era entregue ao filho de Lula, que não é réu na ação.

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