Justiça Eleitoral cria regra para inibir fraudes em participação de mulheres nas eleições
Justiça Eleitoral cria regra para inibir fraudes em participação de mulheres nas eleições.
A Justiça Eleitoral pretende ser mais rígida com partidos que fraudam candidaturas femininas para cumprir a determinação de que 30% dos concorrentes a vagas no Legislativo sejam mulheres.
No mês de novembro, as eleições serão as primeiras em que estará valendo uma resolução que irá permitir ao juiz derrubar uma determinada lista de candidatos a vereador antes mesmo da votação, caso a irregularidade seja constatada.
Para acelerar este processo, partidos terão que apresentar autorização por escrito de todas candidatas, o que não vinha acontecendo desde que o registro foi informatizado.
Contudo, a assinatura é uma forma de garantir que aquela candidata tem mesmo interesse em concorrer e não foi indicada pelo partido apenas para cumprir a cota feminina.
De acordo com a pesquisadora Roberta Maia Gresta, coordenadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), nas últimas eleições, além de não apresentar autorização por escrito de todos os candidatos, partidos enviaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fotos de redes sociais, sem consentimento das mulheres fotografadas,
Em 2018, um grupo de mulheres chegou a registrar um boletim de ocorrência para reclamar de tal ato.
Atualmente, uma resolução editada pelo TSE no fim de dezembro tenta deixar mais claro como o juiz eleitoral deve agir.
A norma se baseia na exigência, prevista na Lei das Eleições, de 1997, de que o registro das candidaturas venha acompanhado da autorização escrita.
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Justiça Eleitoral cria regra para inibir fraudes em participação de mulheres nas eleições
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