Lava Jato no Rio denuncia por corrupção perito judicial acusado de favorecer à Fetranspor, com fraudes em licitações.

O perito judicial de Icaraí (RJ), Charles Fonseca William, foi preso do dia 5 de dezembro, pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, sob suspeita de fraudar laudos para favorecer empresas de ônibus e outros clientes.

Ele é suspeito de superfaturar valores em seus trabalhos no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), sempre mediante pagamento de propina, para favorecer seus clientes. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o perito judicial, Charles Fonseca William, teria recebido ao menos R$ 4,9 milhões para fraudar laudos contábeis que favoreciam o setor de transportes.

Os valores teriam sido registrados em planilhas entregues pelo doleiro Álvaro Novis, Operador financeiro da Fetranspor, no acordo de delação premiada. Valores que teriam sido repassados em espécie ao perito e depois enviado para contas de sócios em offshores no Panamá.

Além do perito, o empresário José Carlos Lavouras, Jacob Barata Filho e João Augusto Monteiro, também são acusados de por crimes de corrupção ativa.

As investigações apontam que com o dinheiro da propina, o perito Charles William comprou uma casa em Búzios no valor de R$ 1 milhão que teria sido pagos em espécie.

“Charles William se valeu de sua função de perito judicial, gozando da confiança de diversos magistrados para se locupletar ilicitamente, aproveitando-se de uma influência em demandas judiciais que poderiam ensejar resultados desfavoráveis para para empresas de ônibus” diz denúncia encaminhada pelo juiz Marcelo Bretas.

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