PF ouve porteiro que envolveu o nome de Bolsonaro no caso Marielle

PF ouve porteiro que envolveu o nome de Bolsonaro no caso Marielle.

O porteiro do condomínio Vivendas da Barra, localizado na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde a família Bolsonaro tem casa, prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (19). A informação foi Publicada pelo jornal O GLOBO.

Foi o porteiro que envolveu o nome do presidente de República, Jair Messias Bolsonaro, no inquérito que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, como revelou o Jornal Nacional.

A Polícia Federal entrou no caso após pedido do ministro Sergio Moro, que foi acionado pelo presidente Bolsonaro, feito à Procuradoria-Geral da República. O objetivo é apurar se houve obstrução de Justiça ou falso testemunho por parte do porteiro contra o presidente.

A Polícia Civil, o funcionário do condomínio relatou que o ex-PM Élcio Queiroz disse que iria à casa do presidente e não à casa de Ronnie Lessa horas antes do assassinato da parlamentar e seu motorista no dia 14 de março de 2018. Élcio Ronnie são os anúncios presos pelo duplo assassinato.

PF ouve porteiro que envolveu o nome de Bolsonaro no caso Marielle

Como o nome de Bolsonaro foi citado, a lei obriga que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a situação. Por isso, a investigação em curso no Rio de Janeiro poderia ser transferida para a Polícia Federal.

Na declaração feita à Polícia Civil, o porteiro disse que Élcio se apresentou na portaria dizendo que iria à casa 58, de Jair Bolsonaro, e anotou o número no livro de registros do condomínio. Afirmou ainda que identificou a voz de quem autorizou a entrada como sendo a do “Seu Jair”. O Jornal Nacional mostrou em reportagem de 29 de outubro que registros da Câmara dos Deputados apontam que o então parlamentar Jair Messias Bolsonaro estava em Brasília.

No dia 30 de outubro, Carlos Bolsonaro divulgou em rede social op áudio do condomínio em que um porteiro fala com Ronnie e este autoriza a entrada de Élcio.

A gravação foi periciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), qu concluiu que o porteiro que depôs à polícia pode ter mentido, esquecido ou se equivocado. O pedido de perícia foi protocolado às 13h05 do dia 30 de outubro. E a entrevista coletiva com o resultado da perícia começou menos de duas horas depois, às 15h30.

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