Sérgio Cabral admite que Adriana Ancelmo sabia que ele mantinha um “caixa paralelo”

Pela primeira vez, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), admitiu que sua ex-mulher Adriana Ancelmo sabia da existência de um caixa paralelo que gerava lucros ao esquema criminoso que era chefiado por ele, ao qual a primeira-dama usufruía do dinheiro ilegal.

No entanto, Adriana Ancelmo, nega que tinha conhecimento da existência do “caixa paralelo”. As notícias foram publicadas no portal G1.

“Ela sabia que eu tinha um caixa paralelo, que meus erros eram incompatíveis com minha receita formal. (…) Liderando esse tipo de conduta recriminada, um companheiro ou companheira de quem esteja nessa situação, vai convivendo, mas ela nunca sentou com nenhum fornecedor. Não estou falando para proteger. Estou dizendo porque é a pura verdade. Mas [Adriana] usufruiu largamente (do dinheiro da propina” disse Cabral à Justiça.

Ainda segundo Cabral, a primeira-dama pediu a Thiago Aragão, advogado do escritório ao qual ela é sócia, para levar o dinheiro. Porém, ela nega a lavagem de dinheiro.

No entanto, Sérgio Cabral disse que outros familiares ficaram fora do esquema.

“Nunca abri pra ela, filho, ex-mulher, ninguém. O cuidado que eu tinha era só o (operador de Cabral no esquema) Carlos Miranda e eu sabíamos o nome das contas (no exterior), os valores das contas” afirmou Cabral.

A denúncia acusa Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo e outras duas pessoas de levarem R$ 3,1 milhões (total de R$ 4,2 milhões) por meio da rede de restaurantes japoneses Manekineko. O esquema teria funcionado entre 2014 e 2016. O ex-governador confirmou as denúncias.

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