O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, diz que poderosos viram em ataques de hackers mais uma “oportunidade de retrocesso“.

Em sua primeira entrevista após prisão dos quatro hackers que invadiram seu celular e de outras autoridades brasileiras como o do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Moro disse a Crusoé que “pessoas poderosas” viram nos hackers “uma oportunidade para reavivar tentativas de retrocesso e revanchismo”.

Segundo Moro, as ações dos jornalistas, chefiado pelo Glenn Greenwald, “o Verdevaldo, não tinha como objetivo reconhecer a veracidade das conversas divulgadas, mas sim, uma tentativa clara de anular condenações legítimas, com base em provas, da Operação Lava Jato, que inclui as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Existe um status que foi extremamente contrariado pelas investigações. Pessoas muito poderosas viram nesse ataque uma nova oportunidade para reavivar essas tentativas de retrocesso e revanchismo. Me surpreendeu a agressividade de determinados setores, o que denota um sentimento de revanche, de vingança pelo trabalho institucional que foi realizado. Inclusive por parcelas da advocacia” disse Moro.

Segundo Moro, “A polícia está investigando o hackeamento. Na divulgação, pelo sensacionalismo utilizado, pelos desrespeito às boas regras do jornalismo e pelo teor das matérias, me pareceu que o objetivo era anular as condenações da Lava Jato e impedir novas investigações. Se isso foi direcionado a um indivíduo específico ou a vários, é uma questão que não me cabe responder”.

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