STF adia depoimento do presidente Jair Bolsonaro no caso da suposta tentativa de interferência na Polícia Federal.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, informou nesta quinta-feira (17/09), que levará ao Plenário da Corte, o recurso apresentado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (Sem Partido), para que ele preste depoimento por escrito no caso da suposta interferência na Polícia Federal (PF).

O depoimento estava marcado para os dias 21, 22 e 23 de setembro.

“Como não sou adepto da autofagia não vou apreciar o ato do meu colega” disse o ministro à Reuters.

“Como ombreamos, não ficamos naquela luta de gato e rato e levamos a questão ao Pleno” afirmou.

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, na última sexta-feira (11/09) negou o requerimento do Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, para que o presidente da República Jair Bolsonaro (Sem Partido), preste depoimento por escrito no inquérito que apura a suposta tentativa de interferência na Polícia Federal (PF).

As acusações foram feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP) Sérgio Moro, em depoimento à Polícia Federal, sobre a reunião ministerial que ocorreu em abril.

STF adia depoimento do presidente Jair Bolsonaro

Com a decisão de Celso de Mello, o presidente Jair Bolsonaro terá que prestar depoimento presencial.

A suposta interferência de Bolsonaro, foi apontada por Sérgio Moro, na reunião ministerial no dia 22 de abril, que segundo ele, foi o que motivou sua saída do governo.

O inquérito foi aberto em maio, com base nas acusações do ex-ministro da Justiça. O presidente Jair Bolsonaro nega todas as acusações.

Em sua decisão, o ministro do STF, Celso de Mello afirma que o depoimento presencial só é permitido aos Chefes dos Três Poderes da República quando eles são testemunhas ou vítimas. E não quando são investigados ou réus.

No entanto, nesta quarta-feira (16/09), o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), recorreu da decisão de Celso de Mello.

Em suas redes sociais, Bolsonaro escreveu:

“Recorri ao STF pedindo a reconsideração da decisão do Exmo. Sr. Ministro Relator que negou ao Presidente da República o direito de optar pela prestação de depoimento por escrito nos termos de precedentes recentes do próprio Supremo.”

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