O governador Wilson Witzel determinou que o estado não mais gratifique policiais por redução de mortes em operações ou confrontos – os autos de resistência.

As ‘mortes por intervenção de Agente de Estado’ – como são chamadas atualmente – tem aumentado ano a ano desde 2013.

Em 2019 até agosto, 1.249 pessoas foram mortas por agentes de segurança do estado – quase o dobro registrado no período de 2009, quando foram 723 mortos.

Witzel determina que estado não gratifique policiais por redução de mortes em operação

No entanto, esses números deixam de constar dos indicadores usados para bônus semestrais.

Nesta terça-feira (24), foi publicado uma edição no Diário Oficial da União que altera outro, de 25 de junho de 2009, que estipulava o “gerenciamento de metas para indicadores estratégicos de criminalidade” no RJ.

A nova redação pôs, no lugar dos autos da resistência, o roubo de cargas.

A alteração foi determinada por Witzel no mesmo dia em que convocou uma coletiva para falar da morte da menina Ágatha – e na qual defendeu sua política de segurança pública.

Ágatha foi vítima de bala perdida nesta sexta-feira. A família da criança acusa PMs pelo disparo. A corporação nega.

Ainda nessa semana, Witzel, em sua primeira aparição desde a morte da garotinha Ágata Felix no último sábado, o governador Witzel lamentou a morte e disse que “jamais gostaria de passar por um momento como esse.

Também, o ministro da Justiça e Segurança Sérgio Moro mais cedo lamentou a morte da menina e disse que esse crime não tem nada a ver com a proposta de legítima defesa do pacote anticrime.

“Lamentável e trágica morte da menina Ágatha. Já me manifestei oficialmente. Os fatos tem que ser apurados” afirmou Moro.

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